quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dez Confortos


Primeiro

Algum tempo atrás tudo me amedrontava. Amedrontavam-me as propostas, os elogios, os desencantos e decepções... Eu levava a vida desconhecendo que ela me levava com uma intensidade que eu não podia acompanhar devido ao pouco conhecimento sobre os acontecimentos. Assim eu também temia o fim. Temia que os momentos bons se esvaíssem, mal sabendo que esse período de temor era justamente a duração da felicidade momentânea que me deixava pra buscar noutro porto outro júbilo, outro sorriso, outro hábitat. Da maneira mais injusta fui aprendendo que a preocupação afasta e quis eu desde então afastar-me conscientemente de qualquer emoção que pudesse vir a ser semelhante a um rio transbordando repentinamente n’alma. Assim fechei as portas, portando então dentro de mim nada além do que julgara seguro e confortável. Confortavelmente feliz, mas não acolchoadamente satisfeita. Talvez alguém que ao som macio ainda procura tal satisfação.

1 comentários:

Amanda Letícia disse...

sempre teimamos em aprender do mdo mais dificil, mas ele por diversas vezes é o que mas nos ensina

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