quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Lados

Não sei exatamente o que sinto. Ás vezes sou quase comparada a felicidade plena, mas ás vezes caio em uma tremenda indecisão que acaba levando tudo que é feliz em mim e deixando só as interrogações ininterruptas que parecem nunca cessar, chegam a ser tão longas que até se esquece a sua origem, se é que essa perplexidade teve o direito de possuir um começo, se é que essa indecisão não passava de algo que sempre existiu, algo nato, que tem medo de mostrar aquilo que realmente ocorre, uma inquietude que é semelhante a um garoto de 18 anos quando questionado pela professora a respeito do que ele é: ele não sabe responder porque não tem maturidade suficiente pra perceber que não é feito só de coisas lindas, duráveis, findáveis e eternas...Ou talvez ele tenha sim, desenvolvimento suficiente pra se considerar um enorme fracasso original, mas vergonha demais pra exteriorizar assim, de forma tão barata os seus retalhos. Provavelmente ele vê o mundo de uma forma completamente única, por isso ele possui expressões faciais assim, tão relevantes e pertubadoras. E eu de vez em quando gosto de ousar um pouco mais e dizer que esse menino, tão absurdamente estúpido em seus hábitos subtendidos, tão fascinante em sua capacidade de mudar de gosto e de ângulo a cada nova vez que olha pro velho acontecimento, pro idoso cotidiano em que se encontra, mora uma vez por dia em mim.

E eu não pedi pra ninguém aceitar isso.

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